24 de maio de 2008


"Folk Guitar" painted at a lunch-time Foyer Concert at the Royal Festival Hall London


The Times They Are A Changin'

Come gather 'round people
Wherever you roam
And admit that the waters
Around you have grown
And accept it that soon
You'll be drenched to the bone.
If your time to you
Is worth savin'
Then you better start swimmin'
Or you'll sink like a stone
For the times they are a-changin'.

Come writers and critics
Who prophesize with your pen
And keep your eyes wide
The chance won't come again
And don't speak too soon
For the wheel's still in spin
And there's no tellin' who
That it's namin'.
For the loser now
Will be later to win
For the times they are a-changin'.

Come senators, congressmen
Please heed the call
Don't stand in the doorway
Don't block the hall
For he that gets hurt
Will be he who has stalled
There's a battle outside
And it is ragin'.
It'll soon shake your windows
And rattle your walls
For the times they are a-changin'.

Come mothers and fathers
Throughout the land
And don't criticize
What you can't understand
Your sons and your daughters
Are beyond your command
Your old road is
Rapidly agin'.
Pease get out of the new one
If you can't lend your hand
For the times they are a-changin'.

The line is drawn
The curse it is cast
The slow one now
Will be later be fast
As the present now
Will later be past
The order is
Rapidly fadin'.
And the first one now
Will later be last
For the times they are a-changin'.

Bob Dylan
sem data

Para B.D.
e para L. que nasceu em Maio de 68.

21 de maio de 2008

Casa Batilló, António Gaudi, Fotografia de Pere Vivas


Não sei se estamos a licenciar um génio ou um louco.

Na entrega do diploma de António Gaudi
Março 2008

15 de maio de 2008

início

rosário


Tudo começou há um ano.
Eu nem sonhava onde ia me meter.
Estou a gostar. Muito.

11 de maio de 2008

fotografia de Tiago Petinga, LUSA


Sou uma miúda cheia de sorte.

Vanessa Fernandes
ao ganhar pela 5ª vez o título de Campeã da Europa em triatlo
in Diário de Notícias
Maio 2008

5 de maio de 2008

fotografia de Z
umaporrolo.blogspot.com



Tenho 40 janelas
na parede do meu quarto,
sem vidros, nem bambinelas,
posso ver através delas
o mundo em que me reparto.

Por uma entra a luz do sol,
por outra a luz do mar,
por outra entra a luz das estrelas,
que andam no céu a rolar.

Por esta entra a via láctea
como um vapor de algodão,
por aquela a luz dos homens,
pela outra a escuridão.

Pela maior entra o espanto,
pela menor a certeza,
pela frente a beleza
que inunda de canto a canto.

Pela quadrada entra a esperança,
quatro arestas,
quatro vértices,
quatro pontos cardeais.

Pela redonda entra o sonho
que as vigias são redondas
e o sonho afaga e embala,
à semelhança das ondas.

Por além entra a tristeza,
por aquela entra a saudade,
e o desejo e a humildade,
e o silêncio e a surpresa
e o amor dos homens e o tédio
e o medo,
e a melancolia,
e essa fome sem remédio
que se chama poesia.

E a inocência e a bondade,
e a dor própria e a dor alheia,
e a paixão que se incendeia
e a viuvez
e a piedade.

E o grande pássaro branco,
e o grande pássaro negro
que se olham obliquamente,
arrepiados de medo.

Todos os risos e choros,
todas as fomes e sedes,
tudo alonga a sua sombra
nas minhas quatro paredes.

Oh janelas do meu quarto,
quem vos pudesse rasgar,
com tanta janela aberta
falta-me a luz e o ar.

António Gedeão
Outubro 2007

1 de maio de 2008

Gaélle Boissonard


O silêncio não significa esquecimento
mas as cartas são sempre sinal de lembrança.

Carlos Nogueira
Março 1982