17 de maio de 2007

Azulejo Lisboa - fotografia de M.M. Pinturache

Não conheço outro país, salvo talvez alguns cantos de Inglaterra, onde a poesia esteja mais presente e se respire no mínimo bosque, dotada dessa infinita doçura que é a dos poetas portugueses da Idade Média.

Marguerite Yourcenar
in jornal " Público", 1oº aniversário 2003



Tive uma amiga que, tal como eu, padecia desta mania dos postais.
Era com ela que ia à procura deles, no tempo em que eram escassos e eram poucas as lojas que tinham algum que valesse a pena.
Quando fizémos o inter-rail roubámo-los por essas cidades da europa, escondendo-os nos mapas da cidade, e depois éramos possuídas de uma alegria imensa.
Trocámos, escrevemos, guardámos, "comprámos para a outra" quando os descobríamos sozinhas. Enfim, tínhamos uma enorme cumplicidade "postálica".

Ela morreu em 1991 e não sei se alguma vez recebeu um destes postais bordados.
Às vezes penso nela enquanto os faço.
É por isto que lhe dedico este blog. E pelas suas gargalhadas.

À Madalena Andrade.

1 comentário:

Unknown disse...

País pois...porventura de papel, onde a saudade pontua e a vontade se faz querer à medida da nosssa sede.
Ora em patines violentas de carmim que teimam em correr-nos nas veias, ou mesmo (quiça)na busca de uma qualquer bengala, que sem querer nos alimenta a ilusão do estar. Assim me quedo, dependurada num qualquer barco...num bico de rouxinol a cantar sóis!


No dizer de Neruda....
Uma cesta rubra de beijos


São